
Por Redação
26/set/2024
Em Política, Tecnologia
O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, tem tomado medidas significativas para melhorar sua imagem entre os conservadores norte-americanos, um público que ele historicamente enfrentou dificuldade em agradar. Recentemente, Zuckerberg tem sido alvo de críticas ferozes de figuras como o ex-presidente Donald Trump, especialmente após a polêmica suspensão da conta de Trump na plataforma, em janeiro de 2021.
Buscando reverter esse desgaste, Zuckerberg contratou o estrategista republicano Brian Baker, conhecido por seu trabalho de bastidores no Partido Republicano. Esta contratação sinaliza uma tentativa clara de reconstruir pontes com os conservadores e minimizar as acusações de que o Facebook e outras empresas controladas por Zuckerberg favorecem pautas progressistas.
Entre as estratégias de Zuckerberg está um esforço de reconciliação direta com Trump. De acordo com fontes próximas ao empresário, ele fez pelo menos duas ligações recentes para o ex-presidente, nas quais se referiu a Trump como “durão”. Essa atitude é vista como uma tentativa de suavizar as tensões e, quem sabe, mitigar as críticas que surgiram após a decisão de banir Trump da plataforma, uma ação que desencadeou uma onda de reações negativas entre os apoiadores do republicano.
Zuckerberg também tem feito ajustes internos em sua maneira de conduzir o Facebook e outras plataformas. Em conversas com outros magnatas da tecnologia, ele revelou estar arrependido de contratar funcionários que promoviam agendas progressistas e tem evitado doações que possam ser interpretadas como apoio a uma ideologia específica. Essa mudança pode ser um reflexo da pressão que Zuckerberg sente tanto de críticos conservadores quanto de usuários em geral.
A decisão de suspender Trump foi um dos momentos mais divisivos para o Facebook. Após os eventos de 6 de janeiro de 2021, a plataforma enfrentou um dilema sobre como lidar com o discurso de figuras públicas que influenciam milhões de seguidores. A reação dos conservadores foi rápida e contundente, com Trump ameaçando retaliação legal caso retornasse à presidência.
A nova abordagem de Zuckerberg parece ter o objetivo de corrigir o curso e afastar as acusações de parcialidade. Identificando-se como “libertário”, o bilionário busca projetar uma imagem de neutralidade, algo essencial para manter a confiança dos diversos grupos que utilizam suas plataformas.
O desafio de Zuckerberg não é pequeno. Ele precisa equilibrar as demandas de um público cada vez mais polarizado, ao mesmo tempo em que mantém a integridade das suas plataformas. Esse recente esforço para se reconectar com os conservadores pode ser um sinal de que Zuckerberg está redefinindo suas prioridades e buscando navegar com mais habilidade pelo complexo cenário político dos Estados Unidos.
Com o futuro político de Trump ainda incerto e o Facebook sob constante escrutínio, será interessante observar se as medidas de Zuckerberg conseguirão suavizar as críticas e restaurar sua imagem entre os conservadores.